"MONTEPIO LAVA MAIS BRANCO"
A recente campanha
publicitária do Montepio “O que fazemos pelos outros diz muito sobre nós” - que utiliza figuras
públicas relevantes – constitui um exemplo de publicidade enganosa. Como se
socorre de actores da área da solidariedade, é até perversa.
O Presidente da Cáritas,
Eugénio Fonseca, da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, João Lázaro, da
associação ambientalista ZERO, Francisco Ferreira - entre muitos outros -
decidiram dar a cara numa campanha publicitária do Montepio. A campanha promove
formalmente a Associação Mutualista Montepio. Mas na prática, com a associação
de imagem, estes actores sociais estão a tentar ajudar a credibilizar o Banco
Caixa Económica Montepio. Induz os incautos a confiar num banco mal gerido
ao longo de anos, que esteve quase falido, ansioso por receber capitais da
Misericórdia de Lisboa. Os activistas cívicos, músicos, actores, desportistas
que participam na campanha estão a enganar as pessoas.
Actores,
desportistas, activistas sociais não deveriam induzir os cidadãos neste logro.
Estão muito mal pois Miguel Gameiro, Marisa Liz, Diogo Piçarra, Rui Massena,
Jorge Fernando, Jorge Palma, Fábia Rebordão, Dead Combo, João Pedro Pais,
Hélder Moutinho, Dino D’Santiago, Maria Ana Bobone, Filipe La Féria, Diogo
Infante, Rita Salema, Maria do Céu Guerra e Sérgio Moura Afonso, Eugénio
Fonseca, João Lázaro, Domingos Rosa, Catarina Alvarez, Cláudia Pereira,
Francisco Ferreira, Fernanda Freitas, Celmira Macedo, Jéssica Augusto, Dulce
Félix, Ricardo Ribas, Hermano Ferreira, Sara Catarina Ribeiro e Salomé Rocha.
O que ganham com isto? O
que ganham em fazer publicidade enganosa? Em associarem-se a Tomás Correia, um
dos piores banqueiros portugueses dos últimos anos que levou o Montepio à
situação em que se encontra? Note-se aliás que a Administração actual não
é também recomendável. Na sua Comissão Executiva está hoje Nuno Mota Pinto, que tinha, à data da sua
nomeação, uma dívida de 80 mil euros em incumprimento. Mas, mesmo assim, foi
nomeado para a Comissão Executiva do Montepio Geral. Não se entende como pode
alguém que não cumpre as suas obrigações bancárias pertencer à comissão
executiva de uma instituição bancária. Mas no Montepio, tudo é admitido.
Pois é a estas e
outras situações nada claras e fraudulentas - do passado e do futuro – que
artistas, desportistas, músicos e outras figuras públicas vêm dar cobertura. A
campanha do Montepio não é pois uma campanha publicitária ou sequer social.
Constitui o branqueamento da história recente e nada séria da Caixa Económica
Montepio.
Paulo de Morais
31/05/2018